Cada um de nós é por enquanto a vida. Que isso nos baste.

José Saramago

quinta-feira, 15 de novembro de 2012



gegê


E era feito uma prisão, correntes, correntezas, corredeiras. Correria em direção contrária, contra mão em seus quereres. Pois que o bom era o outro lado, que não via. Nem sabia, nunca fora. Mas, sonhava , mais queria. Sem o tempo do relógio, sem o cheiro do feijão. Sem barriga de cerveja, tabuada, fralda suja de cocô.
Mais cebola nos temperos, faca cega, cegos eles a suas lágrimas, já o eram  a desejos.
De batom. Era vermelho. E não seria?
Carimbou os guardanapos. Um gole de nada em cada copo vazio, posta a mesa. No colarinho e na cueca. No espelho do banheiro fez desenho. Coração apunhalado, pingando na pia: “- Saio da história para entrar na vida.”
Levou um tiro no meio do peito, às 6 da tarde, no boteco da esquina, bebendo cachaça com mão de macho em suas coxas.
E, cantando a Ave Maria.

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